História de superação Duda, atleticana fanática vai atravessar o oceano e levar inspiração ao mundo
A trajetória de Maria Eduarda Porto, a Duda, de 17 anos, é daquelas que fazem qualquer coração bater mais forte — especialmente o coração atleticano. Fanática pelo Galo e apaixonada pela natação desde os três anos, ela já enfrentou desafios que parecem de outro mundo: 19 cirurgias, incontáveis sessões de hemodiálise e anos de espera por um transplante de rim. Mesmo assim, nunca abandonou o sonho de competir. Agora, esse sonho ganha dimensões internacionais: na próximo domingo (17), ela embarca para Dresden, na Alemanha, para disputar o World Transplant Games 2025, competição que celebra a vida e o esporte, reunindo atletas transplantados de todo o planeta durante uma semana de provas e histórias inspiradoras.
Nesta semana, Duda esteve na sede do Instituto Galo, na Arena MRV para receber os uniformes que usará na competição. O momento contou com a presença da presidente do Instituto, Maria Alice Coelho, do diretor Comercial e de Comunicação, Henrique Muzzi, e do gerente de Comunicação da Copasa, Breno Guedes. Ao lado da mãe, Valeska, Duda não escondeu a emoção:
“Orgulho por poder levar o nome do Brasil para o mundo, gratidão por ter recebido uma nova chance de viver através do transplante e emoção por estar realizando um sonho que, há alguns anos, parecia distante demais. Agradeço demais a todos vocês.”
A mãe, visivelmente emocionada, também falou com o coração:
“Minha filha nasceu de novo. Vocês estão dando uma oportunidade única. Ela já brilha aqui e vai brilhar lá ainda mais. Não estamos nem acreditando nisso. Obrigada! Eu nunca iria desistir do sonho da minha filha.”
A presidente do Instituto Galo, Maria Alice Coelho, também fez questão de deixar sua mensagem:
“Para nós é uma honra poder ajudar nesse processo. Boa sorte, Duda.”
A história de Duda é marcada por resistência e esperança. Aos três anos, ela perdeu o rim esquerdo e passou a viver com apenas 40% da função do direito. Foram 11 anos enfrentando 17 cirurgias, até que, em 2019, a função caiu para apenas 14%, tornando inevitável o início da hemodiálise. Durante a pandemia, encarou perdas dolorosas, mas manteve viva a vontade de vencer. A virada veio em 18 de novembro de 2020, com a ligação que mudaria tudo: havia chegado um rim compatível.
O patrocínio conjunto do Instituto Galo e da Copasa garante todo o suporte necessário para que Duda dispute a categoria natação júnior: passagens, hospedagem, alimentação, materiais de alto nível para as provas e um kit especial para sua mãe, que estará ao lado dela durante toda a viagem. Todos os itens usados na competição trarão a marca do Instituto Galo, ampliando seu alcance internacionalmente e reforçando o apoio à inclusão, à doação de órgãos e ao esporte paralímpico.
Mais do que uma atleta, Duda é um exemplo vivo de superação — e agora leva consigo, para além das piscinas, o nome do Galo, de Minas Gerais e do Brasil.
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